sábado, 19 de dezembro de 2015

Paradoxos da Esquerda e da Direita - Alberto Buela


   Todo mundo sabe que a esquerda e a direita são termos relativos como pai e filho ou alto e baixo, pois são conceitos que dependem uns dos outros.
     Sabe-se, ademais, que as ideias políticas da direita e da esquerda nascem de como estavam localizados os parlamentares na época da Revolução Francesa e ainda mais conhecida é a opinião do filósofo Ortega y Gasset em seu livro A Rebelião das Massas onde afirma que: ''Ser de esquerda é como ser de direita, uma das infinitas maneiras que o homem pode escolher para ser um imbecil: ambas, com efeito, são formas de hemiplegia moral."
     Porém o que poucos sabem é o paradoxo que há depois da segunda guerra mundial entre os conceitos de esquerda e de direita.
     Assim hoje a esquerda aparece ou é apresentada como progressista, popular, democrática e avançada. Inclusive se fala em uma esquerda caviar que é a cômoda e agradável vida de todos aqueles que falando do povo e de suas virtudes, vivem como bacanas. Isso se dá sobretudo nos governantes e funcionários da esquerda progressista e social-democrata dos governos ocidentais, desde Lula a Zapatero e desde Kirchner a Rajoy.
     Numa palavra, ser de esquerda é estar no topo de uma onda que dá a comodidade nas sociedades de consumo e a fama outorgada por todos os meios de comunicação de massa que estão a serviço desses ideais. 
     Isto é o que denominamos "a grande simulação" ou o que denomina o filósofo italiano Máximo Cacciari, "a paz aparente", onde os governos não resolvem os conflitos, mas só os administram.
     A direita, por sua vez, é o diabólico, o demonizado. São os trogloditas, os satisfeitos com o sistema.Nunca podem ser o povo, pelo contrário, são populistas os que sustentam os valores tradicionais dos povos. Nenhum candidato no Ocidente se diz de direita porque é politicamente incorreto. O sistema mundial dos meios de comunicação, que são os verdadeiros produtores do sentido do que acontece e se sucede no mundo, cairia em cima e o faria em pedaços.
     Contudo, aqui aparece o paradoxo que queremos falar, direita para os gregos vinha de dexiós que significa habilidade, sorte e solidariedade e skaiós significa torpe, rústico, perverso e desagradável. 
     Aqui, na época dos romanos, a dexter seguiu sendo o hábil, portanto, a destreza e sua derivação, o directus que é o correto; enquanto que a siniestra é o temível, o obsoleto, o inútil. 
     Mais próximo de nosso tempo, Dante Alighieri na Divina Comédia faz o poeta Virgílio dobrar sempre à esquerda para chegar à sede de Satanás. E, já na entrada da modernidade, Francisco de Quevedo (1580-1945) afirma que: se você vai fazer negócios e vê um canhoto é um mau presságio, como se tropeçasse em um corvo ou em uma coruja
     Como vemos, o paradoxo permanece à vista. Durante dois mil anos, pelo menos, pensou-se uma coisa sobre a esquerda e a direita e fazem duzentos anos que começou-se a pensar outra, totalmente diferente. 
     Assim são as coisas neste mundo. Talvez seja por isso que devemos lidar com assuntos mais importantes como sugere o velho verso de menino que nos ensinavam:
A Ciência mais completa
é a que o homem em graça acabou.
Pois no fim da dia, 
aquele que se salva, sabe, 
e o que não, não sabe de nada.



Texto por Alberto Buela
Tradução por Breno Costa

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A Lição de Farias Brito, por Jackson De Figueiredo

A Lição de Farias Brito, por Jackson De Figueiredo


Já tendo tratado de Farias Brito aqui, torno novamente a mencioná-lo, ele que é um desses vultos nacionais, responsável pela ronda da pátria, como dizia Gerardo Mello Mourão.

Agora apresento a sua Lição, segundo o grande patrício brasileiro de espírito eminentemente revolucionário e cristão, o ilustre Jackson De Figueiredo. 


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FAZ amanhã cinco anos que morreu Farias Brito, o homem á sombra de cujo sofrimento e imensa resignação fortaleceu-se a minha fé no mundo do espírito, e de quem, no entanto, só me distanciei, até hoje, para entrar definitivamente nos umbrais da Igreja, e ajoelhar-me ante o altar d'Aquele que é a própria Sabedoria, a Verdade mesma.

Será por isto que, mais consciente da minha própria pequenez, cada vez amo e venero mais a memória de quem foi, sem o saber mesmo, uma alta expressão do espírito cristão —
gravidade, doçura, profundeza — desse espírito que modelou as nobres raças que são as senhoras do mundo, e jamais se deixará vencer, e jamais consentirá que se apague o seu brilho da fonte augusta dos povos que redimiu.

A saudade com que escrevo estas linhas, não me empresta tintas com que disfarce o que foi erro em sua vida de pensador. Nem quero mesmo falar dos seus últimos tristes, mas abençoados dias, em que viu fazer-se nova luz em seu espírito, e teve a nítida, se bem que rápida visão, logo interrompida pela morte, de que só do alto da Cruz jorra a divina claridade, que ilumina as consciências e leva paz aos corações... Não. Não preciso lançar mão desses dados de sua tão melancólica quão edificante história, do tempo em que, tão próxima já, eram a morte e, com a morte, a vida eterna, as suas duas uicas, exclusivas preocupações.

Também durante os longos anos de seu duro aprendizado não fora "Farias Brito, neste recanto do mundo, que é o Brasil, do ponto de vista intelectual, senão um batalhador de ânimo cristão, servidor da Igreja, ignorando, ele próprio, entretanto, o que havia de mais alto e mais sagrado em sua missão.

Foram os seus primeiros livros, em verdade, o primeiro protesto da consciência nacional contra o fetichismo positivista, arvorado em doutrina oficial de uma sociedade que ameaçava apodrecer sobre um chão enodoado de ridículo e de sangue.

E, de boa fé, não há negar que, á sua decisão em desprezar todo respeito humano, e lançar-se na elaboração de um sistema francamente espiritualista, se deve este movimento de recristianização da nossa intelectualidade, tão visível nas novas gerações, apesar do ateísmo das escolas, e por mais que o queiram desconhecer os cegos de um ou de dois olhos, sobreviventes do reles diletantismo que toda a gloria do pensamento das gerações amadurecidas ao sol de 9...

Esta é a maior glória de Farias Brito, glória que só lhe poderão negar zoilos e cabotinos, incapazes de medir forças com obra tão formidável como a sua: o ter sido sempre, ora como crítico, ora esforçando-se por elaborar uma doutrina nova, e sem mesmo ter clara noção disto, uma força de consciência a serviço da natural religiosidade de nosso povo, um interprete das nossas crenças, como lhe chamou Xavier Marques.

Farias Brito está no rol daqueles racionalistas de que falava D. Benoit com simpatia e enternecimento... "qu'on est convenu de designer sous le nom de "spiritualistes"', que ne tient pas les consequences de leurs príncipes. ..", isto é, que, vítimas somente do individualismo, que se fez o que a Igreja chama de erro invencível, não tem a coragem cínica de ser, na parte prática das suas doutrinas, consequentes com o terriel princípio gerador de todas elas: o meu eu é tudo.. . e tudo o mais é sombra do meu eu.. .

Eis por que ele foi o nosso primeiro grande reacionário contra o ateísmo inferior que, nos domínios mesmo da nossa vida social e política, se implantara e tudo lentamente apodrecia, caracteres e inteligencias, leis e costumes. Ele foi quem primeiro compreendeu, entre nós, o que Georges Fonsegrive viria a dar depois á própria França como resumo das doutrinas de um dos seus grandes pensadores modernos, E. Boutroux:

"Não existe doutrina mais debilitante que aquela que nos afirma que a nossa vida nada acrescenta ás vidas do passado, e que o mundo gira invariavelmente num círculo eterno, como a serpente que morde a própria cauda. Ora, o mundo da realidade é o mundo da história (e não o da ideologia determinista), onde tudo é novo, incessantemente; é o mundo onde reina a liberdade!"

Eu poderia citar palavras quase idênticas daquele pobre grande brasileiro, que não teve, em vida, maior amparo que o que lhe dava a solidão. . .

E tanto foi assim um reacionário contra a desordem e a anarquia com que o cientificismo de baixa estirpe tanto diminuiu a consciência brasileira que, ainda o conselheiro Ruy Barbosa nem sonhava que poderia assombrar-se um dia com o fantasma da Revolução, e já, incerto, é bem verdade, do que aceitar e indicar como meio de resolver a crise moral da nossa coletividade, apontava Farias Brito como causa mais próxima do nosso mal, assim como do mal do mundo inteiro, a falta de fé religiosa, o monstruoso materialismo que falseia todas as leis, no que elas pretendem ter de humanitárias e de justas, dado que, logicamente, só um princípio regerá os destinos de uma sociedade em que o materialismo predomine: o interesse. “E 
— dizia ele nesta confusão assombrosa, se o interesse torna-se o único critério das ações, e a corrupção, feita avalanche, tudo envolve em suas manobras insaciáveis, o que unicamente importa para cada um, é vencer. Vença, pois, quem puder é o conselho da experiencia neste verdadeiro naufrágio da humanidade.”

Protestou a sua alma, até o fim, contra semelhante monstruosidade e teve, naqueles temerosos dias da guerra, como que a confirmação de que já o mal era irremediável...


Morreu talvez com essa tristeza enorme no coração, se bem que também certo de que alguma coisa de imorredouro e de invencível acena a todos os homens dos braços da Cruz.


E nesta certeza se abrigava, de fato, em sua alma, a verdade que não morre.


A reação contra o individualismo revolucionário já se faz ver, por toda a parte, com mais força de que fora possível imaginar, após o longo e tenebroso período da conflagração mundial.


Este, aquele povo, menos experiente e mais facilmente explorável, afundar-se-á, debater-se-á, morrerá talvez no mar sangrento da Revolução. Mas a humanidade há de salvar-se, por fim, porque as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja, e esta será sempre a eterna acolhedora, em cujo seio depôs Deus o segredo da ordem e da justiça.

Jackson De Figueiredo - 15/01/1922


[FIGUEIREDO, Jackson De. A Reação do Bom Senso. Ed: Anuário do Brasil, Rio de Janeiro, 1923; Pág's 101-105]





Farias Brito
Jackson De Figueiredo

























Por Cristo e pela Nação: Anauê!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Discurso de Ivan Luz acerca da entrega do Prêmio Lênin da Paz a Oscar Niemeyer

Em 20 de agosto de de 1963 o Deputado Federal pelo Partido de Representação Popular (PRP), herdeiro da Ação Integralista Brasileira (AIB), o excelentíssimo Sr. Ivan Luz discursa na Câmara dos Deputados acerca da entrega, na semana anterior a sessão, do Prêmio Lênin da Paz ao arquiteto Oscar Niemeyer. 

Ivan Luz discursa pela dignidade e honra de nossa nação, seu discurso pode ser encontrado tanto em vídeos no Youtube como no Diário do Congresso Nacional da sessão de terça-feira dia 20/08/1963, o discurso, pode-se verificar, é realizado no Pequeno Expediente daquele dia.

Segue o seu discurso completo digitalizado e um link,  no final, para o baixar em formato PDF.

Discurso de Ivan Luz (PRP) em 20/08/1963:



Na semana passada Brasília assistiu à encenação de uma típica noite soviética, levada à ribalta com todos os requintes de cinismo de que é capaz a propaganda comunista. Assim foi que recebeu o Sr. Oscar Niemeyer das mãos de um agente bolchevista, escalado para a ocasião, o prêmio Lenine da Paz, ante a um auditório composto da fina flor do sovietismo caboclo, ao qual não faltou o representante do Sr. Presidente da República, como era de se esperar, no caso o Sr. Darci Ribeiro, como era de se prever. Embecevidos lá estavam alguns estudantes pavlovianamente reflexionados, já incapazes de pensar, babando de puro êxtase marxista-leninista, enquanto outros em muito maior número, felizmente, espiavam a cena entre curiosos enáuseados.

Se a coisa fosse para ser levada a sério, teria ocorrido a alguém perguntar os méritos com que se apresentaria o arquiteto para ser tido como campeão da paz, substituindo assim, na história deste País, por decreto do Senhor de todas as Rússias e Satélites a figura de Caxias, o Pacificador. Mas ninguém perguntou, porque nas comunidades comunistas ninguém pergunta nada. Também ninguém indagou dos títulos soviéticos para distribuir prêmios de paz, pela mesma razão.

Vimos, assim, tranquilamente, sob loas publicitárias, o representante do mais feroz dos imperialismos que já dominaram o mundo, coberto de sangue de milhões de vítimas, que mantém sob escravidão cem milhões de pessoas fora de suas fronteiras, só na Europa; que praticou o mais nefando genocídio de que se tem memória, liquidando nações inteiras como a Letônia, a Estônia, a Lituânia, subjugando a ferro e fogo a Hungria, cuja juventude ainda agora está sendo fuzilada pelo crime de amar a Pátria e querer a sua liberdade; vimos, repito, esse embaixador do maior cárcere da história, cujas sentinelas assassinam com requintes de crueldade os desgraçados que tentam fugir ao desespero de seu paraíso, fazer-se arauto da paz, envergando a túnica dos anjos, sob os auspícios do acumpliciamento oficial que abastarda a dignidade e a honra de nossa Pátria.

Mas não faltou, como é óbvio, o agradecimento do agraciado. Suas palavras foram um modelo de subserviência á técnica comunista e de contradição ao próprio significado da homenagem... O agraciado invocou a revolução cubana, que disse ser de todos nós, povos da América... preferindo esse risco calculado a perder a ocasião de doutrinar a juventude universitária, devidamente concentrada para participar da farsa.

Não falou de seu patrono para não lembrar que ele, Lenine, disse que a política não é mais do que a continuação da guerra; e do lacaio soviético de Havana esqueceu-se de que por suas mãos, ali assentou a bota o imperialismo ideológico, político, econômico e militar da Rússia, sustentando o títere que já substitui Deus nos altares profanados das Igrejas de Cuba Cristã.

Bandeira a meio pau, Sr. Presidente, é o que sugiro. Brasília está de luto.

Ivan Luz, deputado pelo PRP

Fontes: 

Diário do Congresso Nacional


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O Coração da Terra



O Coração da Terra:

Se enganam os eurasianos a ainda fomentar o sonho da Rússia como "Heartland", se enganam também os que vêem os Estados Unidos da América e seu domínio bélico e econômico, com bases, tentáculos em vários países, como detentores do "Heartland", pois o coração da Terra, não o pulmão, se encontra no Brasil e cabe a nós utilizarmos estes vastos recursos com prudência, afim de preservá-los.

O Brasil tem grande potencial fluvial, grande incidência de raios solares durante todo o ano, brisas marítimas e massas de ar, marés e tudo pode ser convertido em energia, e energia é o que move o mundo, tudo, neste século de consumismo, depende dela.

Lembremos nosso dever, lembremos de Alberto Torres: “A Civilização tem o dever de conservar as riquezas inexploradas da Terra, reservas destinadas ás gerações futuras, e de defender as que estão em produção, contra a exploração imprevidente [...]” [1], essa lembrança é absolutamente importante, vem de nosso patrício de mesmo sangue, da mesma terra, é um conselho que não devemos aborrecer, aqueles que são indiferentes a esta verdade condenam não só a si mesmos e suas descendências, mas a todo o nosso povo.

Sabemos que problemas nos estoques mundiais virão e o Brasil será o único capaz de salvá-lo. E se pretendemos salvar alguém, e isso será uma necessidade, urge um grande projeto de recuperação e restauração nacional, isto, apontado pelo PRONA [2] (Partido de Reedificação da Ordem Nacional) em 1994 consistia nos seguintes pontos: 

  1. Criação de unidades de conservação da natureza, tanto públicas quanto privadas, em todo o território nacional;
  2. Restauração gradual da Mata Atlântica, com ênfase inicial para o segmento pré-existente na Região Nordeste;
  3. Restauração gradual da vegetação original de proteção às nascentes dos rios e cursos de água;
  4. Restauração gradual da vegetação natural nas encostas íngremes, no topo dos morros e nas bordas dos tabuleiros e chapadas;
  5. Restauração de baías e rios, poluídos pela descarga de águas servidas, efluentes industriais e lixo;
  6. Restauração, com vegetação nativa, das áreas alteradas pela lavra de minérios;
  7. Arborização das margens dos lagos, represas e açudes;
  8. Reciclagem da água e do lixo das cidades;
  9. Substituição de derivados do petróleo por álcool, óleos vegetais e energia solar;
  10. E introdução, nos currículos de todos os cursos da disciplina "Ecologia", para conscientizar as novas gerações sobre a necessidade de conservar a "casa ambiental".


Mas a maior parte disso, ou tudo, está, atualmente, fora de nosso alcance como Nação detentora do "Heartland",  principalmente pela incapacidade de nossa classe governante, homens vis e que nada entendem de nossa realidade, jogaram-nos nas trevas cosmopolitas, nas soluções estrangeiras, lobotomizaram e massificaram o brasileiro. Faltam homens e a vontade em nossa classe política, já não há brasileiro que não possua ou julgue possuir o método seguro de resolver alguns dos mais aflitivos problemas da vida nacional, todos estamos convencidos da deficiência dos homens que nos governam e uma minoria não vê a deficiência de nosso sistema político, de nosso estado, de nossas leis, baseados não nas premissas e tradições nacionais, mas nos estrabismos que esfacelam e sangram a nação.

Brademos, com Enéas Carneiro, “Com energia, determinação, ordem e disciplina seremos a nação mais próspera do planeta!” [3], para isso, é necessário retirar o povo de seu comodismo e inércia, nessa hora de decisões importantes tomadas no escuro, que a luz de uma certeza nos guie, ó, detentores do "Heartland": Nosso partido deve ser o Brasil, nossas espadas devem erguer-se pela Nação, nossos corações devem amar a preservação de nosso povo e da nossa terra, nossos espíritos devem almejar o Homem Eterno, Jesus Cristo!

Porque tal luz? Mackinder errou e hoje, aproximadamente 110 anos após seu erro, não só russos, mas brasileiros andam errantes, acusam as falsas soluções modelo E.U.A, mas esquecem de olhar as falsas soluções modelo Rússia. Chega de modelos estrangeiros! Fora, ilusão Norte-Americana! Fora, ilusão Eurásia! Foram as soluções estrangeiras que nos escravizaram e nos guiaram até este trágico momento, chegou a hora de uma solução Nacional. 

Por isto repetiremos, sempre, a Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias: “Sigam-me os que forem brasileiros!” [4]

Saúdem o Brasil, Impávido Colosso, Coração da Terra!



Por Cristo e Pela Nação: Anauê!!!


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Notas:

[1] [TORRES, Alberto. O Problema Nacional Brasileiro. 1914; Pág XI]

[2][GAMA E SILVA, Roberto. Um Grande Projeto Nacional: Enéas Presidente. 1994; Pág 81]

[3][CARNEIRO, Enéas Ferreira. O Brasil em Perigo! 1996; Pág 57]

[4][DE LIMA E SILVA, Luís Alves. Citação durante a batalha de Itororó, na guerra do Paraguai.]

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Dez pontos do Fascismo, por Oswald Mosley

Dez Pontos do Fascismo, Fascismo Explanado por Oswald Mosley é um breve livro, traduzido para português, inédito no Brasil.

Ele constitui importantíssimo conteúdo programático acerca da União de Fascistas Britânicos e o próprio Oswald Mosley, bem como demonstra, aos leitores minimamente letrados, que os movimentos denominados de caráter Fascista não são simples mimetismos um do outro.

Leitura importantíssima para qualquer um que queira conhecer os pensamentos diretos na fonte, sem preconceitos contra o homem, mas construindo suas conclusões diretamente das idéias.

Façam  uma boa leitura, analisem e estudem sempre tendo em mente as idéias que estes homens representam.

Ecce Homo!




Por Cristo e pela Nação: Anauê!!!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A Questão da Água, trecho de um trabalho recente.

Recentemente, em um de meus trabalhos escolares, abordei brevemente sobre o tema: "Água e Cidadania: A privatização dos recursos hídricos e os atores sociais", agora, adaptado este texto, um de muitos que redigi este ano, talvez um dos mais importantes, tratarei de transcrevê-lo:

                                                                        


Água e Cidadania: A privatização dos recursos hídricos e os atores sociais:

A água é um bem necessário a manutenção de ecossistemas, biomas, a própria vida humana, a toda vida na Terra. Este recurso, de extrema importância é finito, sabemos que há um ciclo de reposição, mas se interferido, ou se o consumo for em escala maior do que o ciclo natural puder repor, a escassez certamente afetará a vida não só no que diz respeito ao físico do corpo, mas no preço de alimentos, roupas e outros muitos bens.



Desperdício, esta é a palavra-chave na qual se baseia o principal argumento dos privatizadores, estes, que se encaixam perfeitamente na descrição de Alberto Torres sobre o individualismo “[...] fundados na solidariedade e no prestígio dos grupos de argentários, industriais e proprietários, apoiados em institutos jurídicos protetores de monopólios, e protegidos por leis de restrição industrial e proteção mercantil [...]” [1], afirmam que, para evitar o desperdício, a água deve ser transformada em commoditie (mercadorias ainda em estado bruto, matérias-primas), sendo a água uma mercadoria, certamente sujeita a lei da oferta e da procura, garantir esse bem, e reitero, essencial a vida, às populações mais pobres não será mais possível.



Para se verificar que o interesse nessas privatizações é pura e simplesmente o lucro, basta observar que o Conselho Mundial de Águas, que se situa a favor da privatização, está ladeado de grandes empresas multinacionais, as britânicas Severn Trent, Anglian Water e Kelda Group, as espanholas OHL e Águas de Barcelona (Agbar), as francesas Suez, Bouygues-SAUER e Vivendi, a alemã RWE-Thames Water, além das norte-americanas The Capital Group Companies, Bechtel-United Utilities e American Works Company, os quais pretendem tornar a água em recurso econômico mundial.



Como diria o ilustre Enéas Ferreira Carneiro “A imprensa brasileira, serva do Poder Constituído, é submissa ao Sistema Financeiro Internacional, razão porque o povo não tem acesso as intenções verdadeiras que se escondem por trás da farsa embutida nas palavras da moda "privatização", "Estado mínimo", "globalização da economia" [...]” [2].



Fechando o tema das privatizações, verifica-se que, sendo a vida, por direito, um bem inalienável e inviolável (salvos casos extremos que não entraremos nos méritos), não faz sentido permitir que um elemento essencial a ela, a água, nos torne títeres da lei da oferta e da procura; Portanto a água deve ser um direito de todos, inclusive das populações cujos países, ou a região, possuem escassos recursos hídricos.



Dito e afirmado ser dever do Estado fornecer a água com eficácia e qualidade, cabe ressaltar que a preservação da água não é apenas dever do Estado, cabe a nós, cidadãos, enfraquecermos as teorias liberais de privatização, evitando o desperdício, pois se Alberto Torres disse que “O travor da ambição é a moléstia do individualismo [...]”[1], acrescentamos que o consumo consciente, o oposto do “Espírito Burguês”[3] descrito por Plínio Salgado, também se faz moléstia ao individualismo.




Por Cristo e pela Nação: Anauê!




                                                                          


[1] [TORRES, Alberto. A Organização Nacional. 1914; Pág 95]

[2] [CARNEIRO, Enéas Ferreira. Um Grande Projeto Nacional, 1998; Pág 65]

[3] [SALGADO, Plínio. Espírito da Burguesia. 1951]

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Breve abordagem em Farias Brito

Raymundo de Farias Brito nasceu a 24/07/1862 em São Benedito, Ceará, e faleceu a 16/01/1917, no Rio de Janeiro.

Fora, certamente um dos maiores filósofos brasileiros, tanto que grandes homens do pensamento brasileiro puseram-se a escrever e a compreender suas palavras que, eu, hoje, mesmo perante a negação dele próprio, vejo inspirações de uma metafísica superior, divina, que não são segundo ele “vertigem da consciência mesma” [1].

Parte de sua bibliografia fora reeditada e republicada pelo Senado Federal: A verdade como regra das ações e A base física do Espírito, ambos os livros essenciais para entender seu pensamento.

Deixarei aqui, exposto um pouco, bem pouco, dessa bibliografia, mas, reitero, a perfeita compreensão de seu pensamento exige que se saia desses breves escritos.

“A filosofia se confunde com a religião. A religião, de fato, é a filosofia mesma, considerada em sua função prática. Isto facilmente se compreende, considerando que toda a religião é uma comunidade de princípios, uma comunhão de idéias. Diversos indivíduos que se sentem unificados por uma convicção comum, são naturalmente levados a formar uma agremiação, sentindo-se bem, pela formação desse corpo harmônico, na unidade da mesma crença e do mesmo ideal: é o que se chama religião. Quer dizer: a religião é a filosofia mesma passando do mundo das abstrações para o mundo da realidade, do pensamento para a vida; é a filosofia deduzindo leis da conduta e organizando, espontaneamente e sem coação, a sociedade, só pelo acordo das convicções; numa palavra: a religião é a moral organizada.”
[BRITO, Farias. A Verdade como Regra das Ações. Edições do Senado Federal, Vol. 51; Brasília, 2005; Pág 16.]

“Viver conforme a moral é viver conforme a razão, isto é, conforme os princípios que a razão estabelece. São precisamente estes princípios que constituem o ideal da conduta. Eles se resolvem em regras de ação e são as leis da ordem moral que se objetivam nos costumes e são transmitidas de geração em geração, sob a forma de preceitos e máximas, de prescrições que devem ser observadas em todas as relações da vida.”
[BRITO, Farias. A Verdade como Regra das Ações. Edições do Senado Federal, Vol. 51; Brasília, 2005; Pág's 20-21.] 





Por Cristo e pela Nação: Anauê! 


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[1] : Vide Página 21 de A Verdade como Regra das Ações, Edições do Senado Federal, Vol 51. 

Mensagem à Nação Brasileira

“A nação brasileira está sendo dessangrada.
Escolas caindo aos pedaços.
Hospitais apodrecendo.
Nosso povo morrendo de fome.
Um grande esforço deve ser feito, neste momento, em prol da unidade e da salvação nacional.
É hora de unir, não de desunir.
Vamos nos unir, todos nós, cidadãos comuns da nossa terra, que estivemos até agora observando a História.
Vamos nós mesmos fazer a nossa história.
Vamos unir, portanto, rua com rua, bairro com bairro, cidade com cidade, estado com estado, todos falando a mesma língua, a língua de uma grande nação, próspera e rica, que será a maior nação do mundo no século XXI.
É preciso mudar toda a concepção política atual, a fim de que se possa revigorar, fortalecer, engrandecer e salvar a nossa Pátria.”
-- Enéas Carneiro