a beleza
A beleza, hoje, dias sombrios, é fácil e difícil de
encontrar.
Paradoxo belo,
para quem a conhece, mas não é tão fácil assim a conhecer, ela se esconde nas
belas paisagens bucólicas que o apressado não vê, se esconde no leve vento que
balança as folhas, tocando a face, como Deus acariciando sua criação, quebrando
a calmaria, que o sem tato não sente, se esconde nas diversas formas, brancas
ou diluviais, das nuvens que o sem imaginação não cria e nas formas tomadas
pelas matérias, saídas de nossa mente, em nossas mãos.
Mas é
impossível não ter pressa num mundo onde a máquina tudo manda, tudo faz, e tudo
a seu tempo e nós, criadores das máquinas, que temos de nos adaptar as suas
imperiosas marcações milesimais, aos seus copiosos e miméticos mandamentos,
escravizando a massa ao trabalho fortuito, retirando, assim, o seu tato,
deslocando-os para fora de suas naturais aptidões, eliminando, assim, a sua
criatividade.
Quem manda nas
máquinas são os patrões, mas quem manda nos patrões acima de tudo é o sistema,
um sistema onde se adora ao dinheiro, se adora a Mamom. O culto mamônico
instaurou-se ao redor de todos nós, e em quase todos nós, as duas faces de
satanás agem, uma, dentro do coração petrificado do burguês, petrificado pela
sua imoralidade, pelos seus epicurismos, indiferenças e seu cosmopolitismo, a
outra dentro do coração do proletário, do camponês, petrificado pela ignorância
que os sistemas vigentes fizeram regra, petrificado por tentar imitar o
burguês, aprendendo com este a colocar os prazeres materiais e biológicos acima
das virtudes absolutas da beleza e da honestidade, acima dos prazeres
espirituais.
Quem mantém
este sistema é o materialismo avassalador dos homens materialistas de ação e da
massa materialista estática e mórbida, massa que decide todos os rumos dos
povos e da humanidade, infelizmente sempre no caminho feito pelos materialistas
de ação, que as guiam por meio de seus instintos mais vis, maléficos e
viciosos, vermes que corroem o cérebro da massa, lobotomizando-a e a mostrando
a direção que os Donos do Mundo, por analogia à Bíblia, Satanás quer.
A beleza, nisso
tudo, tornou-se retrógrada, ultrapassada, incapaz frente a velocidade produtiva
da feiura.
―LUCAS GUSTAVO
BOAVENTURA MARTINS
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Foto do Arquivo Pessoal - Represa de Santa Maria, Aracruz-ES |
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Por Cristo e pela Pátria: Anauê!
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