sexta-feira, 15 de julho de 2016

O Integralismo Lusitano - Leão Ramos Ascensão

“Quer-se um regime para portugueses e é no estudo da índole e do génio próprio da Grei, é na lição da experiência do Passado e não em ideologias abstractas, é, portanto, com bases firmes que se há-de construir o edifício nacional. A experiência é condição de progresso e de enriquecimento colectivo. A Nação, por outro lado, não é constituída só pelos portugueses de hoje. Repelir a Tradição o mesmo será que negar a obra de constituição da nacionalidade e de engrandecimento territorial e esquecer ingratamente todos os esforços e sacrifícios das gerações que nos antecederam para que Portugal fosse mais próspero, mais forte, mais feliz. Negar ou renegar o Passado nacional equivale a pretender que voltemos ao remoto século XII, ao condado portucalense, dependente da estranha soberania. O respeito à Tradição é condição de continuidade e evita as aventuras, os passos em falso, os saltos no desconhecido.
Para o Integralismo, a Nação é uma grande família perpetuada no tempo pela comunhão de afectos, de sofrimentos e alegrias, de dores e de esperanças, na comovida lembrança dos Mortos e na ânsia de transmitir aos vindouros, engrandecida, a herança dos Antepassados. A Democracia individualista, desconhecendo a família instituição social e caminhando progressivamente para o amor livre que animalizaria a humanidade, não pode compreender isto. Tem de compreendê-lo, porém, quem vê na doce disciplina familiar uma condição indispensável de vida material e de elevação espiritual. Desprendido dos laços da família, o homem torna-se como a folha seca desprendida da árvore — que lhe dá a seiva e a vida — e arrastada pelo vento, sem destino, sem norte, até se desfazer em pó.”

[ASCENSÃO, Leão Ramos. O Integralismo Lusitano. Versão digital da Edição de 1943 das «Edições Gama», pela causanacional.net . Pág's 67-68]


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DEUS-PÁTRIA-FAMÍLIA

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