terça-feira, 31 de maio de 2016

O Mundo Interior - Farias Brito

O Mundo Interior: Ensaio sobre os dados gerais da filosofia do espírito. 
Por Farias Brito.

Importantíssima obra de Raymundo de Farias Brito, grande filósofo brasileiro que nos outorgou o dever de sobrepor o material pelo espiritual.




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Por Cristo e pela Pátria: Anauê!


segunda-feira, 30 de maio de 2016

O Cancro - Olavo Bilac

O Cancro

Aos estudantes da Faculdade de Medicina de S. Paulo, 14 de Outubro de 1915.
Agradeço com imenso enternecimento a bondade e o carinho com que recebeis a minha visita.
Nesta nobre casa, neste ambiente de trabalho e afeto, entre os vossos corações amigos, um mundo de saudades revive na minha alma. Apenas saído da adolescência, fui como vós, estudante de medicina. No velho edifício da Faculdade do Rio, naquele recanto da feia rua da Misericórdia, ao lado do mar, entre árvores antigas, abriu-se a Vida do meu espírito inquieto e ávido, de asas tontas, de vôo indeciso. Ali vivi, dos 15 aos 20 anos; desvendou-se, ali, para mim, o maravilhoso e doloroso espetáculo do universo e do homem; na Faculdade e no Hospital, na aula e na enfermaria, — a princípio tímido aprendiz dos segredos das ciências naturais, depois ansioso iniciado na biologia, frequentador dos anfiteatros e dos laboratórios, ajudante de preparador de fisiologia experimental, interno de clínica, — adquiri este exaltado gosto da curiosidade, e este doce e amargo sentimento de tristeza resignada, com que tenho até hoje atravessado a existência. Entre o gabinete de química e a sala do nosocômio, entre a mesa de dissecção e o leito do enfermo, escrevi os meus primeiros versos: a minha poesia nasceu da ânsia de saber e da revelação da dor e da piedade. Que é o sonho, senão uma flor do estudo e da compaixão? que é a arte, senão uma filha da curiosidade e do sofrimento?
Vendo-vos, nesta hora meiga e consoladora da minha vida, a mim mesmo me vejo entre vós, estudante e poeta como vós. Porque sois poetas, todos vós; a poesia, — mocidade e vibração, clarão interior de todos os homens inteligentes e bons, — palpita e chispa no olhar com que me aqueceis e iluminais. A poesia viceja e brilha em toda parte, no recesso do sábio e na oficina do operário, no gabinete do estadista e na abegoaria do lavrador, no santuário do jurista e no consultório do médico; a poesia não é somente o ritmo da beleza, a mestria expressão métrica; é também, e principalmente, a bondade e o ideal, o amor da justiça e da verdade, o culto do pensamento e da misericórdia, o sentimento e a consciência da vida moral.
Falo-vos, como poeta, e como velho e impenitente estudante. Como poetas, e como futuros médicos, meus jovens irmãos, amai o Brasil, e dai assistência a pátria enferma!
Conheceis, ou conhecereis, entre os casos clínicos, que vistes ou vereis, uma das mais terríveis desgraças do organismo humano, a mais cruel, talvez, de todas as misérias físicas. Um leve endurecimento, a princípio, e uma ligeira corrosão na pele ou na mucosa; em seguida, o alargamento e a penetração do núcleo destruidor; e o tumor lançando raízes envenenadoras, polvo hediondo, dilatando e aferrando os seus tentáculos vorazes, mordendo e triturando os tegumentos, roendo e comendo os tecidos; e a marcha fatal e implacável da ruína, desfazendo as carnes em sânie; e o mal sem cura infiltrando-se em todo o corpo; e o vírus letal intoxicando todo o sangue, mirrando e  extinguindo toda a força; e, enfim, a caquexia, o marasmo, a agonia, e a morte. É o cancro.
Ora, este flagelo do organismo físico existe também no organismo social. As sociedades, como os indivíduos, são, ás vezes devastadas por essa mesma doença, de sintomas idênticos, de marcha igualmente funestas. É a mesma voracidade, o mesmo enraizamento, a mesma infecção, a mesma discrasia, o mesmo depauperamento, a mesma destruição. Este carcinoma da estrutura moral é a indiferença; e os seus tentáculos ferozes insinuando-se, verrumando, terebrando, infeccionando, ressumando uma baba viscosa e mortífera, desagregando e devorando a presa, — são a fraqueza da alma, o desanimo, o egoísmo, a autolatria, o amor exagerado do luxo e do dinheiro, a falta de patriotismo, e o aniquilamento do caráter próprio pelo desdém dos interesses sagrados da comunhão.
Alguns sintomas deste morbo ignóbil já se manifestam em várias zonas do grande corpo brasileiro. Se, em dois ou três Estados da União, o trabalho, a instrução e o ideal ainda reagem e vencem, — esses mesmos Estados devem ser os mais interessados no perigo, e devem ser os primeiros defensores da federação em perigo. Sabeis que a manifestação cancerosa nunca terá efeitos desastrosos exclusivamente locais, uma vez que o vírus, veiculado pelo sangue, fatalmente se espalha e irriga e contamina a toda a economia vital...
Lutemos todos! reajamos e trabalhemos todos! Se para o carcinoma físico ainda não se descobriu, apesar do paciente labor da heroica tenacidade dos sábios, um remédio seguro, — para o outro, moral e social, existe e sempre existiu o específico infalível, o antídoto fácil, ao alcance de todos, a um tempo profilático e regenerador, preventivo e curativo: a criança individual, o entusiasmo pessoal, — a coragem cívica, que é a salvaguarda da coletividade, a manutenção e a grandeza da pátria.
Para combater e prevenir a diátese cancerosa física, vai certamente aparecer um salvador amanhã; e esse talvez seja um de vós, quem sabe? — porque é possível que entre vós, estudantes de medicina, já exista, em gérmen, um Jenner, um Pasteur, um Chagas. Mas, para debelar a diátese, que ameaça a nacionalidade brasileira, cada um de vós já é um médico perfeito, um inventor benéfico, um salvador providencial.
Concito-vos, como já concitei os vossos irmãos da Faculdade de Direito, e como concito todas as almas do Brasil, para a campanha do entusiasmo e da fé.
Cultivai, desenvolvei, acendrai o vosso patriotismo! E pregai o patriotismo aqui, e lá fora, — nas bancadas das aulas, nos laboratórios, nas salas do hospital, nas ruas, nos lares em que nascestes e em que vos educastes, nos lares novos que constituireis e em que o vosso afeto frutificará em novos brasileiros!
Futuros médicos para os corpos, sede médicos também para as almas, — para a grande alma do Brasil! O Brasil carece de uma nova terapêutica moral e de uma nova cirurgia audaz...
Deus abençoe a vossa bondade e a vossa energia!


   —Olavo Bilac

Umberto Boccioni, "L'antigrazioso" (1912)

Olavo Bilac


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Um Grande Ideal - Partido de Representação Popular

A presente Cartilha: Um Grande Ideal, feita pelo Partido de Representação Popular, legítimo herdeiro da AIB (Ação Integralista Brasileira) no pós-guerra, foi feita, provavelmente, em ocasião da candidatura de Plínio Salgado à presidência da república na eleição de 1955, em minha opinião, pode-se ver uma leve influência do Funcionalismo de Durkheim no conceito de Democracia Orgânica bem explicado nela.



POR CRISTO E PELA NAÇÃO! ANAUÊ!


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A Base Física do Espírito - Raimundo De Farias Brito

Farias Brito fora um grande filósofo Nacional, seus estudos sobre direito e filosofia influenciaram grandemente a formação do que eu, particularmente chamo de “Atlantistas puros”, que englobam principalmente os grandes pensadores Integralistas  e Católicos da década de 30, Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Miguel Reale, Anor Butler Maciel, Jackson de Figueiredo entre outros... a escola de Direito de São Paulo era, em quase sua totalidade Integralista,  e Farias Brito fora o grande precursor da rejeição do materialismo em favor do espiritualismo no Brasil.




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terça-feira, 24 de maio de 2016

Geographia geral do Brasil - Capistrano de Abreu

Capistrano de Abreu

Capistrano de Abreu, um desses magnânimos brasileiros...

Segundo a introdução da obra, "O presente livro appareceu em 1885 no Wissen der Gegenwart, acreditada publicação popular em que collaboram os mais notaveis especialistas da Austria e da Allemanha. O autor serviu-se para compol-o de muitas monographias e relatorios e tinha a mais a experiencia de 12 annos de estada no Brasil, onde dirigiu uma das colonias do Rio Grande do Sul."


Por Cristo e pela Pátria! Anauê!

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